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Como você explica o que acontece na sua vida?

  • Foto do escritor: Alessandra Silveira Andrade
    Alessandra Silveira Andrade
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de mai.

Digamos que você faça um teste. Você estudou para ele, mas não tanto quanto poderia ter estudado, e está preocupado sobre como vai se sair. Finalmente, recebe sua nota, e ela não é tão boa - um 6,5. Compreensivelmente, fica desapontado. Mas como você explica esse resultado?


As pessoas que estão deprimidas tendem a atribuir um resultado negativo como se fosse à sua própria falta de capacidade, e as que não estão deprimidas tendem a atribuir à sua falta de esforço ou, simplesmente, à má sorte (por ex., as questões que estudaram não caíram no teste). Além disso, as pessoas mais propensas à depressão podem supergeneralizar o resultado ("eu não vou me sair bem em nenhum outro teste") em vez de olhar para ele como um evento específico ("eu não me saí bem nesse exame de química orgânica"). Referimo-nos a esses estilos de descrição dos resultados como "estilo explanatório".


Você pode pensar nas causas para os acontecimentos de duas formas diferentes - duas dimensões: elas são internas (qualidades dentro de você e ações que você controle) ou externas (fatores fora do seu controle), e são estáveis (qualidades que não mudam) ou variáveis (qualidades que mudam).

Por exemplo: se você atribui seu 6,5 à sua falta de capacidade, esse é um traço estável e interno - uma qualidade intrínseca que você não pode mudar. Se o atribui à má sorte, esse é um traço variável e externo - a sua sorte está fora do seu controle e pode mudar.


Também existe uma terceira dimensão - o quanto a causa é geral ou difusa: "é assim que eu vou me sair em outras tarefas" (geral) versus "isso só se aplica a tarefa atual (difusa).


Por exemplo, se alguyma coisa não vai bem para você, qual das seguintes afirmações faria a si mesmo?

"Eu não me esforcei o suficiente" (interno / variável)

"Eu não sou assim tão inteligente" (interno / estável)

"Eu não tive sorte" (externo / variável)

"Esta é realmente uma tarefa difícil" (externo / estável)

"Eu também não vou me sair bem em outras coisas (geral)

"Eu não me saí bem nesta tarefa, mas isso não significa nada em relação a outras tarefas que vou assumir" (específico).


Por sua vez, quando alguma coisa vai bem, como você explica o seu sucesso? É devido à sua capacidade ou ao seu esforço, porque era uma tarefa fácil ou porque teve apenas sorte?


Depois de observar como explica as coisas para si mesmo, você pode experimentar um estilo diferente de pensamento acerca das causas. Por exemplo, digamos que alguma coisa não dê certo para você. Em vez de atribuir isso a um erro seu para o qual não há esperança de mudança ("eu não sou tão inteligente"), que tal se dissesse a si mesmo: "talvez eu possa me esforçar mais da próxima vez" ou "eu só tive falta de sorte?". Ou então se dissesse: "talvez isso não tenha dado certo, mas outras coisas podem dar certo?".


Experimente essas sugestões para mudar o seu ESTILO EXPLANATÓRIO. Quando algo ruim acontecer, questione-se se faz sentido pensar o seguinte: "Esse é apenas um exemplo. Eu tenho sucesso em outras coisas. Talvez na próxima vez eu possa me esforçar mais, e talvez este seja um desafio com o qual eu posso aprender. Outras pessoas também podem achar isso difícil".

E quando você obtiver sucesso em alguma coisa, experimente esse tipo de pensamento e veja como lhe parece:

"Eu sou bom nisso, me esforcei e sou inteligente e também me saio bem em outras coisas. Eu deveria me dar o crédito. Talvez eu possa experimentar algumas outras coisas desafiadoras e ver como me saio".



Gostou?

Estou por aqui :)


Alessandra Andrade - Psicóloga Clínica

CRP 12/27539

(48) 99648-2612



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