Mindfulness (atenção plena)

Você já deve ter ouvido falar sobre a prática de Mindfulness, ou como vou chamar aqui de "atenção plena".

Essa prática é definida como a "consciência da experiência no momento presente com aceitação", que em outras palavras quer dizer estar plenamente aberto e consciente ao que está acontecendo no aqui e agora.

A atenção plena é uma habilidade simples porque apenas requer observar o que está acontecendo enquanto está acontecendo, usando todos os cinco sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar).

Aplicada ao processo de psicoterapia, podemos compreendê-la da seguinte maneira:

• Não é uma técnica de relaxamento (embora possa ser relaxante);

• Não é um exercício de visualização (embora possam ter exercícios a serem considerados na prática);

• Não é uma técnica filosófica/espiritual;

• É diferente da meditação - a meditação é um dos estilos de prática formal que pode conduzir ao mindfulness, que difere em abrir ou focar a mente em algo em específico.

Que tal reservar um momento para focar em cada um dos seus sentidos?

• Audição: Feche os olhos e reserve um momento para ouvir os sons do ambiente. Deixe que os sons cheguem até você. Observe o que ouve, um som após o outro, com um assentimento interno de reconhecimento. Não há necessidade de nomear o que você ouve.

• Visão: Abra os olhos e permita que eles tenham uma visão de grande amplitude. Mais uma vez, observe o que você vê, uma impressão visual após a outra.

• Tato: Feche os olhos novamente e observe a sensação do tato onde seu corpo encontra a cadeira ou seus pés tocam o chão.

• Olfato: Erga a mão e toque seu nariz e observe os aromas que se originam da sua pele.

• Paladar: Observe se há algum gosto na sua boca neste momento, talvez remanescente da última coisa que você comeu ou bebeu.

E então, como foi para você aproveitar esse momento e observar os seus sentidos?

Até logo,

Alessandra.

[inspirado em: Manual de Mindfulness e Autocompaixão, de Kristin Neff & Christopher Germer. Armed, 2019.]