Por que é tão difícil desapegar de alguém?
- Alessandra Silveira Andrade

- 14 de jun.
- 2 min de leitura
Uma conversa sincera sobre apego, histórias internas e recomeços...
Tem coisas na vida que a gente sabe que precisam acabar, mas o coração parece não aceitar.
Você já passou por isso?
A cabeça diz: “Não faz sentido ficar”, mas o peito responde: “Mas eu não consigo ir”.
Desapegar emocionalmente de alguém nem sempre tem a ver com o que a pessoa faz por nós, mas com o que ela representa na nossa história. Às vezes, o que machuca não é só a falta da pessoa, mas a falta daquilo que a gente queria que ela fosse.
A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não se apega só à pessoa em si... a gente se apega à esperança, à promessa de um cuidado, de um amor que talvez nem tenha existido do jeito que a gente sonhou.
É como se o nosso coração ficasse preso no “quase”. Quase fui feliz. Quase fui amada/o como precisava. Quase deu certo.
E tem mais: muitas vezes, esse apego fala de histórias mais antigas. Feridas que a gente carrega e nem percebe. Às vezes, lá no fundo, existe um medo de ficar sozinha/o. Um medo de não ser suficiente. Um medo de não encontrar mais ninguém. E esse medo faz a gente se agarrar até no que machuca.
É comum também a gente romantizar os momentos bons e esquecer das partes ruins. Como se a lembrança escolhesse só as partes bonitas pra passar na nossa cabeça, como um filme editado. Só que a vida real não tem edição... tem as partes lindas e as partes que doem.
Desapegar não é fácil porque, no fundo, a gente não quer abrir mão do que imaginou que poderia ser. Mas a realidade é: se fosse bom pra você de verdade, você não estaria sentindo essa angústia toda.
E aqui vai uma coisa importante: você não precisa brigar com o seu sentimento. Pode sentir saudade, pode sentir carinho, pode até chorar. Mas, ao mesmo tempo, pode ir construindo um caminho de volta pra si. Porque o que prende a gente não é a pessoa... é o vazio que ela preencheu por um tempo.
Talvez o convite agora seja esse: não tentar apagar a história, mas começar a escrever uma nova... onde a personagem principal é você.
Com carinho e verdade,
Alessandra Andrade
Psicóloga Clínica | CRP 12/27539
(48) 99648-2612






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