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Quando o amor vai embora e o silêncio fica.

  • Foto do escritor: Alessandra Silveira Andrade
    Alessandra Silveira Andrade
  • 19 de mai.
  • 2 min de leitura

Você se deita na cama, mas ela parece maior do que antes.

O silêncio grita.

A ausência pesa.

E o coração?

Esse parece ter sido arrancado e devolvido mal costurado.


Quando um relacionamento longo termina, não é só a pessoa que vai embora.

Vai também o cheiro no travesseiro, os planos feitos a dois, o “bom dia” de costume, o costume do “boa noite”.

Vai a versão de você que existia junto com o outro.

E o que fica?

Fica um vazio... que parece não ter fim.


Esse vazio não é exagero, drama ou fraqueza. Ele tem nome: luto.


Sim, você está vivendo um luto.

Não por uma morte literal, mas por uma despedida que dói como se fosse.

É a perda de uma história, de uma rotina, de um mundo que já não é mais o mesmo.

É o desencaixe da alma tentando se reencontrar sem o “nós”.


"Mas por que dói tanto?"

Porque o cérebro aprendeu a associar aquela pessoa ao seu sistema de recompensa — aquilo que te fazia sentir-se segura, amada, acolhida.

Com o fim, esse sistema entra em colapso. Você sente abstinência, confusão, tristeza profunda.

É biológico, é emocional, é humano.


E como sair disso aos poucos?

— Primeiro, acolha-se com a mesma ternura que você ofereceu um dia ao outro.

— Permita-se sentir, chorar, ficar em silêncio... isso também é cura.

— Evite se cobrar respostas ou finais felizes imediatos. Isso não é um roteiro, é vida real.

— Escreva. Fale. Compartilhe. Colocar pra fora é como abrir uma janela num quarto abafado.

— Cerque-se de quem te ama de forma leve — amigos, família, profissionais que cuidam de você com empatia.

— E quando der... comece a se reconstruir. Um pedacinho por vez. Uma manhã mais calma, um café mais gostoso, um olhar mais gentil no espelho.


Você não está sozinho(a).

Essa dor vai amolecer com o tempo.

Vai virar saudade, vai virar aprendizado, vai virar poesia.

E quando você menos esperar… o vazio não será mais ausência, mas espaço para algo novo que cresce dentro de você: você mesmo(a).


Com carinho,

Alessandra Andrade | Psicóloga Clínica - CRP 12/27539

(48) 99648-2612


Psicologia que acolhe e reconstrói.



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