“Tenho medo de revirar essa dor.”
- Alessandra Silveira Andrade

- 30 de jun.
- 1 min de leitura
Essa frase ficou ecoando em mim hoje.
Tão sincera. Tão humana.
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Quem nunca sentiu medo de mexer no que dói?
De cutucar aquele canto escuro, onde a lembrança lateja…
De abrir a gaveta das perdas, das ausências, dos silêncios antigos.
É compreensível.
Porque a dor, quando remexida, assusta.
Ela bagunça o que a gente achava que estava arrumado.
Ela molha os olhos, trava a garganta e vira nó no peito.
Mas também — e isso eu aprendi ouvindo tantas histórias de coragem — a dor, quando revirada com cuidado pode ganhar nome. Pode deixar de ser um fantasma e virar uma parte da história que, enfim, pode ser atravessada.
Você não precisa ir sozinho(a).
Na terapia, a gente vai junto. Com tempo, com presença, com respeito.
Porque às vezes é preciso mexer… para que a dor não more mais no centro da vida.
E sim: é possível atravessar tudo isso.
Com medo mesmo.
Mas atravessar.
Com carinho,
Alessandra Andrade | Psicóloga Clínica | CRP 12/27539





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